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Porteira de Tecnologias: ferramentas e soluções apresentadas por startups

Parte II

(continuação da matéria Agtechs, agrothecs ou agritechs:  como as startups estão democratizando o acesso à tecnologia no campo)

Criar um banco de dados com a identificação e localização dos fornecedores, das soluções e das iniciativas das agtechs brasileiras são os principais objetivos do estudo Mapeamento Agtechs, desenvolvido anualmente pela ABStartups. O último, realizado em 2021, classificou as iniciativas brasileiras seguindo a especificação desenvolvida pela Agfunder – um fundo de investimento internacional que seleciona startups que trabalham com o agronegócio para receber investimentos. Além disso, a pesquisa seguiu dois caminhos de classificação:  identificando as soluções oferecidas pelas startups e para qual momento elas são destinadas. Segundo a pesquisa, as agtechs podem ser classificadas em três grupos a partir do momento em que suas soluções serão utilizadas:

 

 

Antes da Porteira: (10,2%)

 

Refere-se a todas as atividades necessárias para a produção agrícola, mas que atuam fora da fazenda. Muitas vezes, remete aos itens que os produtores rurais precisam adquirir para produzir, como defensivos químicos, fertilizantes, sementes etc.

Dentro da Porteira (72,6%)

 

Engloba todas as ações referentes à produção e à gestão agrícola, como mão de obra, plantio, colheita, manejo, beneficiamento, manutenção de máquinas e equipamentos e descarte.

 

Depois da Porteira (17,2%)

 

Armazenagem, distribuição, logística e todas as atividades pós-produção na fazenda.

 

 

Aplicativos: as possibilidades oferecidas pelas startups

A revolução que as tecnologias inovadoras desenvolvidas por startups têm levado ao campo, ampliando a gama de soluções em todas as fases do processo produtivo, foram classificadas em três grupos em pesquisa realizada pelo Senac SC e apresentada no Relatório e Inteligência, Tecnologia e Startups. Confira alguns exemplos a seguir:

 

 

Irrigação

Já é possível economizar até 60% da água utilizada para a irrigação das lavouras. Esse resultado é obtido por meio de sensores espalhados pela plantação. Com o equipamento, o sistema mede indicadores como umidade e temperatura do solo, direção do vento e radiação solar. Assim, é possível saber a quantidade que cada parte do solo necessita e os horários mais econômicos e eficazes para a irrigação. “Rodamos algoritmos para saber a quantidade exata que o produtor deve usar”, explica o sócio da startup Agrosmart, Raphael Pizzi. Segundo ele, os produtores podem, ainda, controlar o sistema de irrigação pelo smartphone. Por essas soluções, a empresa já foi premiada pela Nasa, acelerada pelo Google e, recentemente, inaugurou uma filial nos Estados Unidos.

Produtividade

Muitas agtechs dedicam seu tempo a aumentar a competitividade dos produtores com o uso da tecnologia. A Dioxd, por exemplo, faz o melhoramento de grãos a partir do gás carbônico. Em um recipiente, que pode ser um silo ou um tambor, são colocadas as sementes e é aumentada a concentração de gás carbônico. A reação química resultante libera a quantidade exata de gás, anteriormente definida, por um determinado tempo, que normalmente é de, aproximadamente, 40 minutos. A técnica não afeta a resistência do produto. “Para dar um exemplo, vamos falar do milho. A quantidade a ser plantada, a quantidade de espigas no pé e até de grãos será a mesma de sempre, porém o peso do grão será maior”, conta o responsável pela startup, João Américo Barbosa.

Comercialização

A tecnologia também é aliada na busca de alternativas de comercialização.

Existem plataformas digitais, como a CBC Agronegócios, que conectam compradores e vendedores para que negociem entre si, de forma on-line.

A plataforma possui uma ampla gama de produtos. São fertilizantes, grãos, ração animal e uma grande variedade de insumos. A ferramenta permite a livre negociação entre as partes até o fechamento do negócio, não há cobrança de comissão pelas transações e os dados das transações são confidenciais.

Plantio

O olho e a experiência dos agricultores deixaram de ser as principais ferramentas no momento de escolher as sementes. Softwares, sensores no solo e imagens de satélite são os novos aliados. Essa sofisticada rede de informações relacionadas à sementeira é controlada e monitorada em tempo real por meio de um tablet. As plantadeiras também sofreram uma revolução tecnológica. Elas conseguem saber as condições de maior ou menor fertilidade do solo e depositam em cada buraco do terreno o número ideal de sementes para aquele trecho. Com isso, otimiza a eficiência do plantio e a economia com insumos em até 8%.

Fonte: Senac SC

Tecnologia e Startups – Relatório de Inteligência

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