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Exportações batem recorde em 2023 com alta na venda de 3 commodities e mais envios à China

Para 2024, estudo prevê um cenário com maiores desafios



As exportações do agronegócio brasileiro atingiram cifra recorde em 2023. Foram totalizados US$ 167 bilhões, alta de 5% em relação a 2022 (US$ 159 bilhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, compilados pelo Insper.


A marca foi puxada principalmente pela safra recorde de grãos do ciclo 2022/23. De acordo com números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as colheitas ultrapassaram 320 milhões de toneladas.


O recorde ocorreu a despeito de queda em preços de commodities agropecuárias, acarretadas tanto pela acomodação de choques recentes como a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia quanto pela maior oferta de produtos.


Os números mostram ainda um aumento na dependência do Brasil com China e Hong Kong. As exportações para os mercados-destino tiveram um crescimento de 19% na comparação anual, atingindo receita recorde de US$ 63 bilhões. Isso equivale a 38% do total exportado pelo agronegócio brasileiro.



Em seguida, vem os outros mercados asiáticos, que acumularam 16% do total exportado e ultrapassaram a União Europeia em representatividade. UE e Reino Unido registram queda, correspondendo no ano a 14% no valor total dos embarques.


Na ótica dos produtos, também houve aumento na dependência da soja, cujos valores avançaram 11% e compuseram 40% do total exportado. Também se tornaram ainda mais relevantes na pauta os derivados da cana-de-açúcar, com aumento de 35%, e do milho, com alta de 11%.


Foram avaliadas quedas nos valores embarcados para algodão (-12%), produtos florestais (-13%), café (-13%) e carne bovina (-19%) comparando os resultados de 2022 e 2023.


Por outro lado, as importações do agronegócio brasileiro caíram 16% na comparação anual, com destaque para a queda de 37% verificada no valor das importações de trigo.  Também houve recuo na importação de insumos (fertilizantes, pesticidas, medicamentos agropecuários e máquinas e equipamentos), de 32%.


Perspectivas para 2024


Para 2024, o estudo prevê um cenário com maiores desafios. “Internamente, a produção da safra 2023/24 deverá ser menor, tendo em vista os efeitos do El Niño e questões climáticas que atrasaram o plantio no início das safras de verão”, diz.


Segundo recente levantamento da Conab, a produção de grãos deve se reduzir em 13,5 milhões de toneladas em comparação com a safra 2022/23. Nos EUA e na Argentina prevê-se maiores safras ao longo de 2024, o que pode exercer pressão baixista sobre preços e elevação de estoques.



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