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Setor de máquinas agrícolas registra alta de 22,8% no ano

Abimaq indica que, diante dos resultados positivos, a estimativa de crescimento para o ano deverá ser elevada

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Clarisse Sousa – As vendas de máquinas e equipamentos agrícolas cresceram 22,6% em maio, na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em relação a maio de 2024, o setor registrou um avanço de 30,4%. No acumulado do ano, o desempenho tem superado as expectativas: de janeiro a maio, as vendas cresceram 22,8%, totalizando R$ 26,9 bilhões.


Para Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, o crescimento registrado nos primeiros meses do ano pode abrir novas perspectivas para o desempenho total de 2025. Até maio, a previsão da entidade era de uma alta de 8,2%, mas, diante dos resultados atuais, essa estimativa deverá ser revisada para cima.

Com o início do Plano Safra 2025/26, “vamos precisar revisar as estimativas das vendas no ano e avaliar os impactos do novo PAP. Vamos estudar para entender o que está puxando o mercado. Por que o mercado está crescendo tanto? Este ano tem sido bem melhor do que esperávamos”, afirma Estevão.


Exportações em alta

O setor de máquinas para a agricultura também vem apresentando bons resultados nas exportações no acumulado do ano, com alta de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024, embora se observe uma queda de 8,3% na comparação com o mês de abril. Segundo a Abimaq, trata-se de um dos poucos setores que registram desempenho positivo de janeiro a maio.

As importações de máquinas agrícolas registraram queda de 10,4% em maio, frente a abril, e de 11,6% ante maio do ano passado. No acumulado do ano, observa-se um recuo de 1,8%.



“Juros mais atrativos do que os oferecidos pelo mercado”

Para o Plano Safra 2025/26, lançado ontem (1º), o governo federal destinou R$ 9,5 bilhões ao Moderfrota – Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos Associados e Colheitadeiras –, com taxa de juros de 13,5% ao ano, um aumento de dois pontos percentuais.


Já para o Moderfrota voltado aos médios produtores (Pronamp), os recursos somam R$ 3,08 bilhões, com taxa de juros de 12,5% ao ano, contra R$ 2,8 bilhões com juros de 10,5% ao ano oferecidos na safra passada.


Para o Plano Safra 2025/26, a Abimaq solicitou R$ 21 bilhões para o Moderfrota, o que, na avaliação da Associação, configuraria um Plano Safra robusto.

De acordo com Estevão, apesar do custo elevado, a demanda por linhas de crédito é alta e os recursos disponíveis serão rapidamente utilizados. “O volume de recursos apresentado está muito aquém do que a gente pediu. Esse dinheiro vai acabar muito rápido. Mesmo sendo caro [devido aos juros mais altos], o pessoal vai pegar esse valor disponibilizado.”

No novo Plano Safra, a taxa de juros passou de 11,5% para 13,5% para os grandes produtores; para os produtores médios (Pronamp), os juros aumentaram de 10,5% para 12,5%.


“Não é um juro barato, mas comparado aos juros de mercado, com taxas de 22%, 20%, é uma taxa de juros muito mais atrativa. Está mais barato”, avalia Estevão.



Tratores e colheitadeiras

De acordo com os dados apresentados pela Abimaq, as vendas totais de tratores e colheitadeiras cresceram 17,6% de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 22.027 unidades frente às 18.737 comercializadas em 2024.


No mesmo período, as exportações de tratores e colheitadeiras tiveram uma redução de 11,3%, somando 1.914 unidades, em comparação com as 2.157 registradas no mesmo período do ano passado.



 
 
 

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