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Crédito rural supera valores iniciais e fecha safra com R$ 293 bi em contratações

Quantia representa crescimento de 20% em relação à safra 2020/2021

A safra 2021/2022 caminha para o final com aumento de contratações de crédito rural. Nesta segunda-feira (11), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que o valor total contratado superou a marca dos R$ 293,41 bilhões. A quantia é R$ 42,19 bi maior que o disponibilizado inicialmente.


No comparativo com a safra anterior, de 2020/2021, o montante cresceu em 19%. O Mapa reforça que o resultado ocorreu “apesar de as operações de crédito rural com recursos equalizáveis terem permanecido suspensas durante quatro meses, exceto para custeio no âmbito do Pronaf”.


Em termos percentuais, o Norte foi a região em que as contratações de crédito rural mais evoluíram de uma safra para outra: 28%. Sudeste e Nordeste seguiram de perto o crescimento, com 24% e 23%, respectivamente. Em valores absolutos, o Sudeste figura na ponta, com R$ 69,95 bilhões. Em totais de contratados, a liderança foi do Nordeste, com mais de 735 mil documentos, o que corresponde a 71% do volume total.


O Mapa, por meio de Balanço de Desempenho do Crédito Rural desenvolvido pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), ressalta que o aumento de contratações se deu, de forma geral, pela superação das expectativas da disponibilidade de recursos e concessão de financiamentos nas fontes livres e controladas, mas não equalizadas. O mesmo ocorreu, segundo a pasta, com a LCAs e os fundos constitucionais.

Fatores econômicos em favor do crédito rural

Ainda de acordo com o governo federal, três fatores econômicos foram determinantes para o resultado das contratações de crédito rural na safra 2021/2022:

  • Baixo nível das taxas reais de juros do crédito rural;

  • Negativas na maior parte do período;

  • Estímulos de mercado, caracterizados pela elevação de preços dos produtos agropecuários.

Por categoria de produtor rural, os grupos atendidos por Pronamp (pequenos) e Pronaf (médios) receberam os totais de créditos de R$ 33,62 bilhões e R$ 40,17 bilhões, respectivamente. Os outros R$ 219,61 bilhões foram direcionados aos demais produtores rurais brasileiros.


Investimentos feitos dentro do âmbito do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) somaram R$ 3,07 bilhões. Por sua vez, o Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) teve disponibilizado R$ 1,07 bilhão.




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